Bolsonaro concordou com o plano para matar Lula, diz Paulo Gonet

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma denúncia em que alega que o ex-presidente Jair Bolsonaro tinha conhecimento e apoiou um plano para atentar contra a vida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro Alexandre de Moraes.

No documento, são descritas ações atribuídas a Bolsonaro e seus aliados, ressaltando que, desde 2021, o ex-mandatário adotou posturas que ameaçavam a estabilidade democrática. A acusação indica a existência de um grupo organizado dentro do Palácio do Planalto, com o propósito de enfraquecer as instituições. De acordo com a denúncia, essa organização elaborou um plano chamado “Punhal Verde Amarelo”, que visava atacar o funcionamento dos Poderes e minar a democracia. O texto sustenta que Bolsonaro teria sido informado sobre essa articulação e aprovado sua execução, enquanto o Ministério da Defesa divulgava relatórios que não indicavam fraudes no processo eleitoral.

Além disso, o plano previa a criação de um núcleo de comando para interferir nos três Poderes e uma iniciativa chamada “Operação Copa 2022”, cuja intenção era mobilizar a sociedade e buscar o apoio do Alto Comando do Exército para viabilizar um golpe de Estado.

Caso a denúncia seja aceita, Bolsonaro passará à condição de réu e enfrentará um processo no STF. Até o momento, ele não se pronunciou sobre as acusações.